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«Dom Pedro Principe de Portugal, e dos Algarves como Regente, e successor destes Reynos &c. Faço saber aos que esta Ley virem, que sendo informado ElRey meu Senhor, e Pay que Deos tem, dos injustos cativeiros, a que os moradores do Estado do Maranhaõ por meios illicitos reduziaõ os Indios delle, e dos graves damnos, excessos, e offensas de Deos, que para este fim se cõmettiaõ, fez huma Ley nesta Cidade de Lisboa em nove de Abril de mil seiscentos sincoenta e sinco, em que prohibio os ditos cativeiros, exceptuando quatro casos, em que de direito eraõ justos, e licitos; a saber quando fossem tomados em justa guerra, que os Portuguezes lhe movessem, intrevindo as circumstancias na dita Ley declaradas; ou quando impedissem a prégaçaõ Evangelica, ou quando estivessem prezos á corda para serem comidos; ou quando fossem remdidos por outros Indios, que os houvessem tomado em guerra justa, examinando-se a justiça della na fórma ordenada na dita Ley. E por naõ haver sido efficaz este remedio, nem o de outras Leys antecedentes do anno de mil e quinhentos e setenta, mil quinhentos oitenta e sete, mil quinhentos noventa e sinco, mil seiscentos sincoenta e dous, mil seiscentos sincoenta e tres, com que o dito Senhor Rey meu Pay, e outros Reys seus predecessores procuraraõ atalhar este damno; antes se haver continuado até o presente com grave escandalo, e excessos contra o serviço de Deos, e meu; impedindo-se por esta causa a conversaõ daquella gentilidade, que desejo promover, e adiantar, o que deve ser, e he o meu primeiro cuidado; tendo mostrado a experiencia que, supposto sejaõ licitos os cativeiros por justas razoens de Direito nos casos exceptuados na dita ultima Ley de seiscentos sincoenta e sinco, e nas anteriores, com tudo que saõ de maior ponderaçaõ as razoens que ha em contrario para os prohibir em todo o caso, serrando a porta aos pretextos simulaçoens, e dólos com que a malicia abusando dos casos, em que os cativeiros saõ justos, introduz os injustos, enlaçando-se as consciencias, naõ sómente em privar da liberdade aquelles a quem a communicou a natureza, e que por Direito natural, e positivo saõ verdadeiramente livres; mas tambem nos meios illicitos de que usaõ para este fim: Desejando reparar taõ graves damnos, e inconvenientes, e principalmente facilitar a conversaõ daquelles Gentios, e pelo que convém ao bom governo, tranquillidade, e conservaçaõ daquelle Estado, com parecer dos do meu Conselho, ponderada esta materia com a madureza, que pedia a importancia della; e examinando-se as Leys antigas, e as que especialmente sobre este particular se estabeleceraõ para o Estado do Brasil, onde por muitos annos se experimentaraõ os mesmo damnos, e inconvenientes, que ainda hoje duraõ, e se sentem no do Maranhaõ: Houve por bem mandar fazer esta Ley, conformando-me com a antiga de trinta de Julho de seiscentos e nove, e com a Provisaõ que nella se refere de sinco de Julho de seiscentos e sinco passadas para todo o Estado do Brasil. E renovando a sua disposiçaõ ordeno, e mando que da qui em diante se naõ possa cativar Indio algum do dito Estado em nenhum caso, nem ainda nos exceptuados nas ditas Leys, Hei por derogadas, como se dellas, e das suas palavras fizera expressa, e declarada mençaõ, ficando no mais em seu vigor: e succedendo que algũ a pessoa, de qualquer condiçaõ, e qualidade que seja, cative, e mande cativar algũ Indio publica ou secretamente, por qualquer titulo, ou pretexto que seja, o Ouvidor geral do dito Estado o prenda, e tenha a bom recato, sem neste caso conceder Homenagem, Alvará de fiança, ou fiéis Carcereiros; e com os autos, que formar, o remetta a este Reino entregue ao Capitaõ, ou Mestre do primeiro Navio, que para elle vier, para nesta Cidade o entregar no Limoeiro della, e me dar conta para o mandar castigar como me parecer. E tanto que o dito Ouvidor geral lhe constar do dito cativeiro porá logo em sua liberdade o dito Indio, ou Indios, mandando-os para qualquer das Aldeas dos Indios Catholicos, e livres, que elle quizer. E para me ser mais facilmente presente se esta Ley se observa inteiramente: Mando que o Bispo, e Governador daquelle Estado, e os Prelados das Religioens delle, e os Parocos das Aldeas dos Indios, me dem conta pelo Conselho Ultramarino, e Junta das Missoens dos transgressores, que houver da dita Ley, e de tudo o que nesta materia tiverem noticia, e for conveniente para a sua observancia. E succedendo mover-se a guerra defensiva, ou offensiva a alguma Naçaõ dos Indios do dito Estado nos casos, e termos, em que por minhas Leys, e ordens he permittido; os Indios, que na tal guerra forem tomados, ficaráõ sómente prizioneiros como ficaõ as pessoas que se tomaõ nas guerras de Europa, e sómente o Governador os repartirá como lhe parecer mais conveniente ao bem, segurança do Estado, pondo-os nas Aldeas dos Indios livres Catholicos, onde se possaõ reduzir á , e servir o mesmo Estado, e conservarem-se na sua liberdade, e com o bom tratamento, que por ordens repetidas está mandado, e de novo mando, e encommendo se lhe em tudo, sendo severamente castigado quem lhes fizer qualquer vexaçaõ, e com maior rigor os que lhas fizerem no tempo em que delles se servirem por se lhes darem na repartiçaõ. Pelo que mando aos Governadores, e Capitaens móres, Officiaes da Camera e mais Ministros do Estado do Maranhaõ, de qualquer qualidade, e condiçaõ que sejaõ, a todos em geral, e a cada hum em particular, cumpraõ, e guardem esta Ley, que se registar

Os condiscipulos não ousavam motejar-lhe a rudêza, desde que elle, em polemicas grammaticaes, abusando dos preceitos mais vulgares da camaradagem litteraria, respondia com sôccos ou marradas aos argumentos dos adversarios: indignidade que ainda não vimos praticada em outra parte, senão no parlamento portuguez.

Não sinto ainda por Júlia uma paixão sensual, não a desejo pela carne, não me impele para ela um fogo impuro, uma fôrça abominável. Quando essa paixão chegar se é que ela tem de vir saberei ser enérgico, hei de dominar-me, fugir, esquecer... Por nada traíria Nuno, abusando da sua hospitalidade tam carinhosa e tam franca.

Na pintura o realismo, com processos exagerados e abusando das minuciosidades tem procurado impôr pela verdade, ora procurando o feio com um furor, como nunca a Arte Antiga se lançou no Bello, ora abusando dos pormenores, como se a pintura podesse retratar a Natureza, e se o fim da Arte não fosse servir-se d'ella como meio.

Caso banal... Ocorre constantemente... E muitas vezes, mesmo, pode até justificar-se. Então que é? Mais desprezível do que Alice e do que Fernando é êsse Vaz de Sousa, abusando duma estreita amizade e da entrada num lar que o recebia confiadamente, para praticar as suas odiosas façanhas... Sim, com efeito!... aprovou Frederico.

A reputação merecida do moleiro de não quebrar palavra dada fazia-o de mil côres, e a voz da consciencia, que o susto tinha o condão de accordar de véras, advertia-lhe, que provocára, não uma, porém cem vezes, o castigo. Não vendêra elle ao sargento o segredo do asylo em que se homiziava Paulo de Azevedo, abusando da hospitalidade de Antonio da Cruz, o qual, tendo-o poupado, o julgára grato?

Francisco Candido bem conhece aquelles que o roubaram, abusando do seu demasiado cavalheirismo e boa . Veja se gosta d'esta comparação, snr. Agora, ouça mais duas palavras, e ouça-as tambem o povo, para ficar completamente desenganado ácerca do Portugal-gazeta. Um dia, ao cahir da noite, encontrei, na rua dos Lavadouros, o snr.

O Macieiras em flor, em especial e as outras dezeseis telas, lindas a valer. José de Brito, um mestre, talvez abusando um pouco das cores finas; todos os seus quadros são bons, mas para mim superior a todos é o Mulher do novello, estudo admiravelmente feito de uma velha repelenta, flagrantissima de verdade na expressão do rosto.

«Estes engajadores, accrescenta o documento official que temos á vista, abusando da ignorancia d'esta gente, praticando o que fica referido, faziam ao mesmo tempo grande guerra á fiscalisação que se dava no consulado, para se oppôr a que os engajadores escravizassem seus patricios com contractos tão leoninos

Oh!... o senhor está abusando... Responda-me por favor: quantos são hoje? Não sei!... 8 de maio, creio eu. Pois bem, senhor Sauvain; hoje mesmo, 8 de maio de 1854, minha filha possui um dote. Um dote?... eu! exclamou Rosa, incrédula. Isso pouco me importa, disse André, o essencial para mim... Pelo contrario, deve importar-lhe muito; sem dote, não consentiria eu que casasse com minha filha.