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Alvaro de Abreu, proseguiu o abbade com a voz tremente ouvi de confissão, em artigo de morte, Manuel Fialho, o homem que matou João Pacheco, com a pancada de um mangual na cabeça, e á traição, na Barroca das duas fontes, ao anoitecer do dia 11 de novembro de 1851. Este homem comprehendeu e temeu a justiça divina quando se sentiu varado por uma bala.

O santo officio de Coimbra reparou na saida, e lançou pesquizas. Informaram-no de alguns processos de liquidação de patrimonios e venda de bens, que o doutor Abreu rapidamente negociára na terra de sua mulher. D'isto foi avisado o inquisidor geral, de modo que em Lisboa o promotor instaurava processo, quando o lente alli chegou.

Em seguida, rebentaram-lhe subitas as lagrimas, e então sómente pôde o velho atirar-se todo aos braços do amigo, e exclamar: Ó Francisco!... se a inquisição te conhece! Tu sómente me conheces em Portugal disse o doutor Abreu E não temas por mim, que, se eu cair nas garras do santo officio, pouco mais se doerá do fogo d'elle este corpo empedrenido do que ha trinta e sete annos a minha estatua.

Que arma escolhes? sabre? florete? pistola?... Mais devagar atalhou o morgado de Val-Escuro O Abreu não joga arma nenhuma. O meu mestre de tiro foi o marquez de Niza; de sabre foi o Chico Bellas, e de florete o Petit. Sei pouco; mas sei mais que Alvaro.

Francisco Luiz de Abreu, n'aquelles dias, descêra dos arrabaldes de Bragança, onde fôra despedir-se do seu amigo José de Barredo, e passára por Aveiro, onde conjecturava encontrar ditoso e embevecido nas delicias do céo o sacerdote de Jesus. Catequeze O padre passou a consultar os filhos sobre a escolha de seu futuro.

Suicidarem-se! proseguiu Francisco de Abreu, que parecia, de absorvido em suas cogitações, não ouvir a esposa Suicidarem-se não póde ser... Antonio Mourão graduou-se em medicina em Paris ha quatro annos, e de passou para Hollanda. Um medico não chega a encarar com tão feia miseria que lhe quebre o animo, ao extremo de o anniquilar.

Irei a tua casa, irei, José; mas... estou a receiar que te esqueças da nossa pobre senhora... disse Abreu, sorrindo, e enchugando as lagrimas. Tens razão; mas deixa-me ser feliz um poucachinho... Temos tanto tempo em que fallar dos outros desgraçados... Oh! se tu podesses dizer-me que ella ainda vive... Não posso, e pouco tenho que te contar antes da morte d'ella... Ahi vae o mais que sei.

Alem de um titular portuguez que lhe assistiu na morte, e enviou a Portugal a noticia, ninguem, por affecto ou caridade, lhe humedecêra os beiços na derradeira febre. Contou o titular a José de Almeida que o tal Abreu tinha um pasmo de olhos horrendo quando agonisava. Veria o espectro de João Pacheco?

Passou Braz Luiz de Abreu ao Porto, fazendo tenção de estabelecer-se na segunda cidade do reino. Deteve-se em Aveiro alguns dias; e passeando scientificamente pelos arrabaldes da villa, descobriu a planta do chá, nascida em barda por aquelles maninhos.

Valeu-lhe alguma coisa a medicina do tal Olho de Vidro? Nada. Passados trinta e tantos dias, chegou a Bragança a nova de que ella tinha morrido, com o nome de D. Antonia da Piedade, e que sua filha D. Josepha tinha casado com o medico Braz Luiz de Abreu. Aqui tens o que sei. Haverá cinco annos que eu fui ao Porto e procurei o Olho de Vidro, no intento de ver D. Josepha.