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abalava, quando voltei ainda, com uma idéa, á arca onde estavam as pedras mais graúdas. E encafuei uma enorme mão cheia d'elles para dentro da algibeira do peito. O contacto vivo d'aquellas riquezas fez-me pensar nos outros. Oh rapazes! Não quereis levar uns poucos de diamantes? Eu enchi as algibeiras.

Repassado de dor e de solidão, a contemplação destas coisas abalava todo o ser do troglodita, até o sofrimento. Ora sentia o desejo de dormir, ora o de trabalhar; perpassava na memória o dia em que ele, nas cavernas, esculpiu um bastão de comando, e isto lhe trouxe

Agarrei um punhado de capim e atirei-o ao ar para tomar a direcção do vento: porque se um elephante nos farejasse, bem sabia eu que, antes de podermos pôr as carabinas á cara, o rebanho inteiro abalava.

Ao romper da manhã, quando o sol da primavera aclarava docemente a paizagem formosissima de Coimbra, a cavallaria, a infanteria, a carriagem de bois e bestas, principiaram a mover-se, desfraldando duas bandeiras, cujos lemmas diziam, n'uma, Lealdade, na outra, Justiça e vingança. O infante D. Pedro, tendo abraçado sua esposa, seguira o exercito que abalava em som de guerra.

Com o chôro, que ja corria em fio Por o pallido rosto, augmenta as fontes, Que levão ágoa estranha ao claro rio Que os valles vai regando entre altos montes. Com suspiros a quem o ecco pio Responde de apartados horizontes, Os ventos parecia qu'enfreava, Os montes parecia que abalava.

Lino surdia de manhã no meu quarto, de chinelos, escolhia um caco do cantaro da Virgem ou uma palhinha do Presepio, empacotava na Nação, largava a pecunia e abalava assobiando o De Profundis. E evidentemente o digno homem revendia as minhas preciosidades com gordo provento porque bem depressa, sobre o seu collete de velludo preto, rebrilhou uma corrente d'ouro.

Entregue ao entusiasmo das suas ocupações de proprietário rural, Nuno, em certas manhãs, abalava logo depois de almôço, de charuto aceso e uma côr de saúde na face máscula, para vigiar os trabalhos. Esta actividade nova tinha para êle um grato sabor. A princípio, Frederico acompanhava-o, interessando-se tambêm por uma lide que desconhecia.

Estava morto o pobre Corvo, velho caçador de pombos, que durante largos annos, todas as manhãs, em dias gelados de novembro, abalava de casa para as montanhas, a aguilhada ao hombro e o farnel nos bolsos, sem nunca se esquecer da garrafinha d'aguardente, que valia por um bom fogo no desabrigo da choça, encostado a um sobreiro.

Ella prorompeu n'este instante em uma torrente de lagrimas irrepressiveis; ia para fallar, os soluços intercortaram-lhe a voz; atirou-se ao pescoço do velhinho, estreitou-o a si, sem poder fallar. Era o maior golpe que o desgraçado soldado experimentava, o ultimo que lhe abalava a vida. Comprehendeu tudo.

S. M. a Rainha, acompanhada da sua dama de serviço, andou hontem distribuindo esmolas no bairro de Alfama, sem se dar a conhecer. Não queria que a conhecessem. Abalava de casa, vestida como toda a gente, sem nada que pudesse chamar as attenções de quem quer que fosse. Era uma creatura como qualquer outra, e passava, como qualquer outra, no meio da geral indifferença.