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Em 1552 escrevia o veador da India, Simão Botelho, a D. João III estas graves accusações de Francisco Barreto: «O capitão de Baçaim tomou tanta posse com os poderes que lhe vossa alteza mandou, que faz mercês em seu nome, como o vice-rei; vi-o por dous mandados seus; fez escrivão da fazenda a que poz de ordenado cento e cincoenta mil reis, sem licença do vice-rei, e mandou-lhe logo pagar um anno de antemão; paga quanto soldo quer... E comquanto vossa alteza defendeu por sua provisão que os capitães de Baçaim não cortassem madeira, não o quiz Francisco Barreto deixar de fazer, mas antes pediu ao vice-rei, depois de a tirar, que lh'a tomasse para vossa alteza por avaliação; e custando-lhe a corja de dezoito até vinte pardáos, lh'a avaliaram a cincoenta e oito pardáos em que se montou perto de dezoito mil pardáos de ouro, que se fez bem a sua a vontade; e assim tinha certos cavallos seus, e vende-os no soldo, para que tambem lhe o vice-rei deu licença para se pagar d'elle, o qual comprou, em que se montou seis ou sete mil pardáos; e dizem alguns que estavam concertados elle e o feitor sobre estes ganhos, e por se agora desavirem se souberam estas cousas e outras, e mal pela fazenda de vossa alteza... ». Aqui está o perfil do tão encomiado Francisco Barreto que poz em justiça Luiz de Camões.

Se em vez de Antonio Curvete, que nos falta, pode estar algum dos diversos desconhecidos, de que damos os nomes, hypothese que não parece improvavel, haveria nesta capital, de 1565 a 1567, o mesmo numero de livreiros que foi contado pelo auctor da Estatistica, em 1552.

Francisco de Andrade diz que foi em 1552; Pedro de Mariz que foi em 1554. Mas a carta de Chiado, que merece por ser um documento da epoca, fixa o anno de 1553.

Em maio de 1552, Gonçalo Borges curveteava o seu cavallo entre o Rocio e Santo Antão, no dia da procissão de Corpus-Christi, em que se mesclava um paganismo carnavalesco de exhibições mascaradas. Dous incognitos de mascara enxovalharam Gonçalo Borges com remoques. Houve um reciproco arrancar das espadas. N'este comenos, Luiz de Camões enviou-se ao irmão de Ruy Borges e acutilou-o no pescoço.

Deprehende-se das datas citadas ter a viagem tido logar pelos annos de 1551 ou 1552.

Pedro de Mariz e a serie de biographos mais antigos testificam que Simão Vaz, tendo naufragado em terra firme de Gôa, a custo se salvára e morrera depois n'esta cidade. Ora, em 1552, a nau Zambuco varou no rio de Seitapor, a trinta leguas de Gôa, salvando-se a tripolação. Seria essa a nau em que Simão Vaz de Camões ia novamente no engodo da fortuna esquiva? Se era, em março de 1553, quando Camões sahiu do carcere, a morte de seu pai não podia ainda saber-se em Lisboa.

Ora na Carta de Crisfal, fala o poeta na prisão de amor que está sofrendo ha cinco anos... Logo, ou não ha lógica, uma das composições do suposto trovador foi elaborada pelo ano da graça de 1535, quando Bernardim havia três anos que fôra ferido pela desgraça que o levou ao hospital de Todos os Santos, onde veio a acabar seus desventurados dias em 1552.

No principio do seculo XVIII ventilava-se uma questão de vinculos entre familias do Torrão que se assignavam Ribeiros e Mascarenhas, e appenso aos autos andava um instrumento antigo em que João Ribeiro, filho de Gonçalo Ribeiro, senhor de Aguiar de Neiva e Couto de Carvoeiro no almoxarifado de Ponte do lima, provava ser primo co-irmão de Bernardim Ribeiro, fidalgo principal e muito conhecido pelos seus versos intitulados MENINA E MOÇA. O referido instrumento era passado em 1552, sendo fallecido Bernardim Ribeiro.

Nesta obra, tão cheia de revelações, começa o auctor por fixar em bases positivas as étapes da infortunada vida de Bernardim, desde o seu nascimento no Alemtejo em 1482 até á sua morte no Hospital de Todos os Santos, de Lisboa, em 1552, submerso nas trevas horriveis da loucura.

Antes, e até 1552, a lucta contra a heresia, a prédica dos jesuitas, fôra obra individual de cada um delles, ou imposta por ecclesiasticos de hierarchia elevada, ou solicitações de amigos da Ordem. A todas as tentativas se mantivera extranho o Fundador.

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